quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Quantos poetas existem em Açu?

 


SEGUNDA CIDADE MAIS ANTIGA DO RIO GRANDE DO NORTE, PALCO DA MÍTICA ‘GUERRA DOS BÁRBAROS’, AÇU TEM UMA VASTA LITERATURA, CONSIDERADA TANTO BUCÓLICA, COMO INÉDITA, DOMINADA POR ALGUMAS FAMÍLIAS, COMO CALDAS, SOARES, WANDERLEY E AMORIM.

 

Fotografia de capa: Feira de louças de Açu, anos 1970.

 

O título de Terra dos Poetas não veio de graça para Açu, a poesia brota em carne e osso no vale, na terra Renato Caldas e no berço de Moysés Sesyom. Publicado em 1984, Poetas e Boêmios do Açu é uma antologia da literatura assuense (que privilégio!). Literatura vasta e, ao mesmo tempo, escassa.

Na venturosa obra, Ezequiel Fonseca Filho, Dr. Ezequiel (prefeito do Açu na década de 1930, deputado estadual, presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte nos anos 1950), aos 88 anos de idade, estreou nas letras potiguares e listou 36 poetas naturais de Açu ou, como diria Manuel Bandeira, nascidos para a vida consciente na terra dos verdes carnaubais.

Ei-los:

·         JÚLIO SOARES


·         RENATO CALDAS

·         JOÃO NATANAEL DE MACEDO

·         OLIVEIRA JÚNIOR

·         LUÍS CARLOS WANDERLEY

·         SINHAZINHA WANDERLEY

·         MANOEL PITOMBA DE MACEDO

·         AMÉRICO MACEDO

·         ANA LIMA

·         PALMÉRIO FILHO

·         CELSO DA SILVEIRA

·         CAROLINA WANDERLEY

·         DURVAL SOARES DE MACEDO

·         ADOLFO CARLOS WANDERLEY

·         ELIAS SOUTO

·         PEDRO JOSÉ DE MACEDO

·         LUÍS DE MACEDO FILHO

.MARTINHA SANTIAGO

·         ANTÔNIO SOARES DE MACEDO

·         ALICE WANDERLEY

·         EZEQUIEL WANDERLEY

·         SANDOVAL WANDERLEY

·         MARIA ERONDINA CALDAS DE AMORIM

·         OTÁVIO AMORIM

·         JOÃO EVANGELISTA SOARES DE MACEDO

·         ADOLFO SOARES DE MACEDO

·         CHICO TRAÍRA

·         THEÓGENES AMORIM

·         MARCOLINO WANDERLEY

·         JOÃO CELSO FILHO

·         ALBERTINO SOARES DE MACEDO

·         RÔMULO SOARES WANDERLEY

·         LUÍS SÓCRATES WANDERLEY

·         MANOEL LINS CALDAS SOBRINHO

·         ANGELINA MACEDO

·         FRANCISCO AMORIM

FONTE – SUBSTANTIVO PLURAL

POESIA NO AÇU COM CEDILHA



Percebe-se a hegemonia de algumas famílias, como a Wanderley, Caldas, Macedo, Soares, Amorim. Existem até outras, como a Sá Leitão, o que fez com essas famílias, ante a esse domínio, espalhassem poetas e literatos em geral por todo nosso RN.

Quando você ouvir ou ver um poeta com um desses sobrenomes aqui em nossas plagas, pode ter certeza que tem descendência no Açu com cedilha dos tempos de outrora (conheça a história do antigo Cine Teatro Pedro Amorim). Muitos outros poderiam ser adicionados a essa lista.

Eu destacaria João Lins Caldas, Moysés Sesyom, Maria Eugênia Maceira Montenegro e dois únicos dos vivos, Paulo Varela e Ivan Pinheiro, que ainda permanecem em nossa faixa terrena.

Cada poeta merecia um artigo, mil artigos, pela profundidade, vasta obra, publicada e não publicada, pelo bucolismo, regionalismo, ineditismo, por tudo que sobressalta e existe na magia dessa terra. Mas aqui grifarei alguns que ganharam certa visibilidade, para além dos confins de nossa terra.

 

FONTE – SUBSTANTIVO PLURAL 

ASSU - TERRA DOS POETAS

 



No interior do Estado do Rio Grande do Norte, a cidade de Assu é conhecida popularmente como “Terra dos Poetas”, pois foi berço e moradia para grandes nomes da literatura potiguar que contribuíram para a formação cultural da cidade. No livro “Poetas do Rio Grande do Norte” (1922) de autoria de Ezequiel Wanderley, foi feita uma seleção dos principais poetas potiguares na década de 20. Dos 108 poetas citados nesse livro, 29 são da cidade de Assu. A partir dessa publicação, a cidade recebeu esse título, de Terra dos Poetas, pela grande quantidade de poetas assuenses citados na obra.

Em Assu, destacam-se poetas como Chico Traíra, Moisés Sesyom, Maria Eugênia, Sinhazinha Wanderley e Renato Caldas que puderam expressar seu amor à terra natal, as belezas naturais, os amores e dissabores da vida do homem interiorano.

Renato expressou em sua poesia, o amor à sua terra, a regionalização, a boemia, a paixão, o sofrimento amoroso e soube transformar os dissabores de sua vida em motivos para escrever. Além de poesia, Renato também fez trovas e glosas. Foi um poeta que mesmo vivendo na cidade, utilizou-se de uma linguagem matuta caracterizando a forma de se expressar do homem rural, entre 1920 e 1930, época em que Renato começou a escrever e o Assu e região do Vale do Assu viviam ainda da agricultura de subsistência. Traduziu os anseios de seu povo, e talvez a sua maior característica fosse expressar a sedução, a cantada, o elogio e o sofrimento agoniado do coração diante da mulher desejada para escrever. Além de poesia, Renato também fez trovas e glosas. Foi um poeta que mesmo vivendo na cidade, utilizou-se de uma linguagem matuta caracterizando a forma de se expressar do homem rural, entre 1920 e 1930, época em que Renato começou a escrever e o Assu e região do Vale do Assu viviam ainda da agricultura de subsistência. Traduziu os anseios de seu povo, e talvez a sua maior característica fosse expressar a sedução, a cantada, o elogio e o sofrimento agoniado do coração diante da mulher desejada

A não preservação da memória do poeta é desfavorável à própria preservação da história da cidade, já que Renato Caldas foi uns dos mais ilustres cidadãos assuenses, que contribuiu para a formação cultural do município e levou o nome da cidade a lugares distantes, através de seus shows culturais. Também é deixar de conhecer, registrar e contar a vida do “Poeta das melodias selvagens” que ganhou admiração por parte de ilustres potiguares como Newton Navarro e Luis da Câmara Cascudo, que em carta, apresentou Renato Caldas ao escritor Carlos Drummond de Andrade. Além destes, Catulo da Paixão Cearense declarou sua apreciação pelo assuense em carta escrita diretamente a Renato.

O REBULIÇO DE RENATO CALDAS NA TERRA DOS POETAS

1 Francisco Jobielson da SILVA

2 Ádala Dayane Leite de MENEZES

3 Jucieude Evangelista de LUCENA

4 Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró, RN.

Quem sou eu

Minha foto
UMA COMUNIDADE SEM CULTURA, NÃO TEM NENHUMA PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO E DE DESENVOLVIMENTO E TENDE, CASO NÃO PROCURAR FAZER PARTE DA CULTURA, A DESAPARECER DO MAPA. A CULTURA É O CONHECIMENTO, A ARTE, AS CRENÇAS, A LEI, A MORAL, OS COSTUMES E TODOS OS HÁBITOS E APTIDÕES ADQUIRIDOS PELO HOMEM NÃO SOMENTE EM FAMÍLIA, COMO TAMBÉM POR FAZER PARTE DE UMA SOCIEDADE COMO MEMBRO DELA QUE É. CADA PAÍS TEM A SUA PRÓPRIA CULTURA, QUE É INFLUENCIADA POR ÁRIOS FATORES. A CULTURA BRASILEIRA É MARCADA PELA BOA DISPOSIÇÃO E ALEGRIA, E ISSO SE REFLETE TAMBÉM NA MÚSICA, NO CASO DO SAMBA, QUE TAMBÉM FAZ PARTE DA CULTURA BRASILEIRA. NO CASO DA CULTURA PORTUGUESA, O FADO É O PATRIMÔNIO MUSICAL MAIS FAMOSO, QUE REFLETE UMA CARACTERÍSTICA DO POVO PORTUGUÊS: O SAUDOSISMO. ESTE É O LV BLOG DO PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS. ESTAMOS BEM PRÓXIMO DE ALCANÇAR NOSSO OBJETIVO, O DE CRIAR 62 BLOGS.

Arquivo do blog

Quantos poetas existem em Açu?

  SEGUNDA CIDADE MAIS ANTIGA DO RIO GRANDE DO NORTE, PALCO DA MÍTICA ‘GUERRA DOS BÁRBAROS’, AÇU TEM UMA VASTA LITERATURA, CONSIDERADA TANT...